quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Leroy Merlin

Oh, tenho de partilhar isto contigo! Primeiro porque sei que te divertes com estas histórias e segundo porque sei que só tu as podes perceber tão bem como eu. Na terça-feira passada, quando o minha mãe regressou do trabalho, fui a Albufeira com o meu pai à Leroy Merlin.



Antes de mais, tenho de confessar que é das minhas lojas preferidas no mundo. Arranjem-me uma loja melhor de bricolage, ferramentas e trabalhos de construção civil e eu volto a apaixonar-me perdidamente. Até lá, a Leroy Merlin está no topo da lista. O Aki e o Max Mat também não estão nada mal, mas quando eu entro na Leroy Merlin... Até parece que o meu coração bate mais depressa, as pernas bambeiam e quase me falta o ar...! Ai!... Que perdição! Podia passar dias e dias ali, a percorrer calmamente todos os corredores, a escolher ferramentas, comparar características, velocidades e capacidades, a tentar perceber para que servem coisas com formatos incríveis que nunca vi antes... Enfim, pareço uma criança de olhos a brilhar, no meio de uma loja de brinquedos em pleno Natal. Mesmo.

Recapitulando, terça-feira fui lá com o meu pai. Se bem te lembras das minhas listinhas de Natal, havia um motorzinho de furo no topo de uma delas, que é produto de catélogo da Leroy Merlin. E ainda que eu não tenha recebido muitos presentes das minhas listinhas (snif snif), o motorzinho foi-me prometido pelo meu pai que, como sempre, deixa tudo para a última da hora. Tu sabes como é... No Natal chegou a oferecer-me o maço em cabedal, mas só porque eu insisti que se ele mo queria mesmo dar tinha de ir à loja de ourivesaria antes do Natal (entretanto fechou para balanço). E foi a única coisa que ele me ofereceu este ano. Ai... Terça-feira lá lhe pesou a consciência, ou assim, e resolveu ir comigo a Albufeira comprar o meu motorzinho.


Foi a viagem toda a praguejar com a qualidade da estrada na via do Infante, a gritar contra o abuso do aumento do preço da gasolina, a mandar vir com os condutores com que se cruzava na estrada... Prima, eu desconfio que ele não se calou um segundo! Ele fala demais... E demasiado alto... E não é que eu possa propriamente fazer alguma coisa contra o estado da estradas, o aumento da gasolina e a nabice dos outros condutores, não é!?

Enfim, chegámos. Após uma tentativa improvisada de escolher tapete para a entrada cá de casa (com aprovação via mms da minha mãe), lá desistimos porque o meu pai embirrou que queria um tapete com o Ursinho Puff, a minha mãe resmungava que os tapetes eram um bocado esquisitos e o que preferia era um com margaridas estampadas e no final de contas não se levou nenhum porque o meu pai chegou à conclusão de que não ia comprar nada sem a minha mãe (mas na realidade ele não gostava era do tapete das margaridas). Eu por cá continuo a sonhar com o tapete que vi aí contigo da Caperucita Roja (que no tapete estava verde).


Desistindo do tapete, avançámos na loja (ai... que saudades...). Passámos pela pequena bigorna (que acho que também estava na minha lista), pela mala (que sei que estava na minha lista), por uma zona de decorações autocolantes (onde estavam umas matrioskas - autocolantes de parede - em desconto, que o meu pai me ofereceu! Ah-ha! Em breve a casinha de Lisboa vai ter mais cor a saltitar pelas paredes) e... tcharan! A zona das ferramentas! Procurei, procurei e nada de ver motorzinho. Entretanto durante todo este tempo todo, o meu pai atrás a dizer: "Pede ajuda a um funcionário. Vai à procura de um senhor e pergunta. Pergunta a ver se há.". Isto sistematicamente e freneticamente ao meu ouvido. Ao que a certa altura eu, enervada já só dizia: "Fantástico! Que bela ideia! Era mesmo isso que eu faria se visse algum funcionário!". Enfim. Já sabes como é. Ele em vez de fazer, diz para fazer... Que nervos...! Enquanto eu procurava um senhor, ele também procurava. E em vez de ir ter com o senhor quando o encontrou e pedir ajuda, não! Gritou por mim e apontou para o senhor! Para além da clara vergonha que eu já estava a passar em frente às pessoas que estavam perto, o dito senhor, que estava ao fundo do corredor onde o meu pai estava, além de não o ter ouvido, quando lá cheguei já nem lá estava, tinha ido fazer outra coisa qualquer para outro lado, pelo que ainda tive de ouvir o meu pai gritar comigo por ter demorado demasiado tempo.
Por esta altura já andava eu fula, super-irritada por o meu pai ser incapaz de fazer algo tão simples como chamar o funcionário e ainda me pôr as culpas em cima quando o senhor continuou a fazer o seu trabalho para outro lado! Estava já tão fula que quando encontrei o senhor (sozinha!) e pedi ajuda, já quase nem tive reacção quando ele me disse que já não tinham o motorzinho. Claro que não tinham. É típico: o meu pai adia tanto as coisas que quando vamos já não há. Já devia estar habituada, mas não me conformo. Continuo a ficar fula da vida! No meio da confusão, consegui manter a cabeça fria e descobrir que ainda havia 2 disponíveis em Almada e 5 em Alfragide. Menos mal. No entanto já só me apetecia chorar...

Com isto tudo, o meu pai sentiu-se culpado e, no meio de algum drama porque eu estava a elevar a voz, embora eu dissesse que não estava a elevar a voz e uma discussão parva de "não grites comigo!" e  "eu não estou a gritar contigo!" saí de lá também com a maleta da minha lista e a pequena bigorna.

A seguir ainda demos um saltinho ao Algarve Shopping para comprar meia dúzia de mercearias no Continente e ver se encontrávamos o Bolt e o Up (sim, os desenhos animados) em dvd.

Comprei também o Trivial Pursuit para a PS2! Fiquei tão contente, não sabia que existia para a PlayStation! Era um dos meus jogos de tabuleiro (e de máquinas electrónicas! No Verão quando íamos para os bares ou discotecas, costumava sempre jogar!) preferidos! Estou ansiosa por chegar a casa e experimentar! Estava em promoção e foi mesmo baratinho.


E pronto, mais gritos e resmunguices no caminho de volta (de tal maneira que já trazia uma ligeira dor de cabeça quando cheguei a casa), jantarinho e... o dia acabou em grande risota a ver o Bolt cá em casa com o meu pai. Sabes o que é que eu tenho a dizer destas minhas aventuras pai-filha? Ridoculous! Ahahah!

Beijinho!
A.R.

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