segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Impressão Digital

Os meus olhos são uns olhos.
E é com esses olhos uns
Que eu vejo no mundo escolhos
Onde outros com outros olhos,
Não vêem escolhos nenhuns.

                   Quem diz escolhos diz flores.
                   De tudo o mesmo se diz.
                   Onde uns vêem luto e dores
                   Uns outros descobrem cores
                   Do mais formoso matiz.

Nas ruas ou nas estradas
Onde passa tanta gente,
Uns vêem pedras pisadas,
Mas outros, gnomos e fadas
Num halo resplandecente.

                   Inútil seguir vizinhos,
                   Querer ser depois ou ser antes,
                   Cada um é seus caminhos.
                   Onde Sancho vê moinhos
                   D. Quixote vê gigantes.

Vê moinhos? São moinhos.
Vê gigantes? São gigantes.

António Gedeão


Ai ...AMO O MEU PAI!

A.T.

1 comentário:

A.R./A.T. disse...

Gosto muito, já o conhecia mas também já não o via há muito.

Fiquei foi sem perceber se o dedicavas ao teu pai ou se foi ele que to dedicou a ti.

A.R.